quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Todo tempo é tempo, acredite, você pode!

Quem não lembra da história daquela jovem tímida, que emocionou o mundo ao soltar sua voz.
Susan Boyle, no momento em que subiu ao palco, para tentar a sorte, com seu jeito tímido e desengonçado, arrancou da platéia, debochados risinhos de desdém e menosprezo.
Desprovida de qualquer sinal de beleza, disse aos jurados que seu sonho era tornar-se uma cantora profissional, e sempre quis apresentar-se para uma grande platéia, mas nunca lhe foi dada tal oportunidade.

Desprezada pelos jurados e por toda a platéia, enfrentou a vergonha e o deboche, e começou a cantar. O desempenho vocal de Susan foi tão grande, que muitos se emocionaram. No final foi aplaudida de pé.

Mas porque esta história chamou tanto a atenção? Simplesmente pelo fato de que nós, seres humanos, julgamos os rótulos antes mesmo de conhecer os conteúdos. Somos assim: julgamos nossos semelhantes sem dó nem piedade. Mas para muitos, alguém considerada “feia”, não poderia cantar bem?
As pessoas pré-conceituam alguém unicamente pela sua aparência. Algo bonito tem maior chance de aceitação do que algo feio. Realidade de uma sociedade hipócrita como a nossa.

Vejam a que ponto chegamos. Somos capazes de julgar nossos semelhantes pela aparência, sem ao menos conhecer sua essência e o que podem nos oferecer. Susan sonhou desde os 12 anos de idade cantar profissionalmente, mas nunca foi aceita por ninguém.

A “Fiona” da música internacional conquistou milhões de corações e arrancou lágrimas dos mais insensíveis, sendo apenas ela mesma, não correndo atrás de padrões de beleza artificiais, mas utilizando sua beleza natural ( sua voz). Esta foi a receita.

Será que aprendemos a lição? Quantas Susan’s existem por aí, reféns de nossos pré-julgamentos? Quantas pessoas que consideramos ridículas escondem riquezas invejáveis!
Condenamos as pessoas sem conhecê-las, só porque achamos sua aparência feia. Vamos começar a olhar as pessoas dentro dos olhos. Assim não correremos o risco de entulhar as jóias que a vida nos oferece.

Susan representa nossas fragilidades. Todos nós temos interiormente um pouquinho de Susan em algum aspecto. Temos medos, receios e complexos. Mas não podemos sucumbir perante nós mesmos. Mostremos à platéia da vida que apesar de tudo, somos capazes. Apesar de nossas fraquezas somos iguais a todos. Obrigado Deus, por nos acordar através de Susan Boyle. Esperamos não adormecer novamente na ignorância e na arrogância.

O jornal inglês “The guardian” resumiu em uma frase profunda o sentimento que brotou nos corações ao ver e ouvir Susan Boyle, cantando com sua pureza e simplicidade:

SUSAN BOYLE É FEIA, OU SOMOS NÓS?


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Obrigada,
Jéssica Lopes.

5 comentários:

  1. Infelizmente nossa sociedade está baseada em um padrão de beleza que geralmente dita as regras e quem foge deste perfil unificado está fora. Esta é a sociedade corrompida pelo dinheiro. Precisamos modificá-la urgentemente,por isso, faz-se necessário darmos vós a outras milhares de Susan Boyle que existem por ai.

    Vamos acordar Brasil!!!

    Jéssica Lopes.

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  2. Pessoal para comentar no blog é muito simples:

    Basta escrever o comentário e publicar com o perfil "anônimo", para quem não tem uma conta no google.
    E no próprio campo do comentário você assina seu nome!

    Comentem!!!

    Abraços

    Jéssica Lopes

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  3. Hoje em dia têm-se uma visão distorcida de praticamentee tudo, não somente da beleza ou capacidade das pessoas, estamos envoltos de uma sociedade contaminada por um pensamento medíocre, baseado em pré-conceitos, o que é bem contraditório não é?! Uma vez que estamos em pleno século XXI, onde os meios de informação e comuniçação estão cada vez mais avançados, parece que quanto mais ampla é a acessibilidade a isso, mais restrita é a nossa capacidade de raciocínio e reflexão sobre as demais coisas (pequenas até) que acontecem ao nosso redor.
    Como dizia Albert Einstein:

    "Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito."

    Boa noite a todos!

    Caroline Lopes

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  4. Ao falarmos em preconceitos, me recordo das palavras de José Saramago, escritas em seu livro "Ensaio sobre a cegueira", no qual o escritor relata que "não somos bons, e precisamos reconhecer isso." A denúncia de Saramago para "abrirmos os nossos olhos" e, sobretudo, da natureza instintiva do homem é corroborada todos os dias, quando nos deparamos com pré-julgamentos como o caso Boyle, por exemplo, muito bem colocado. Penso que a humanidade caminha rumo ao caos, portanto, não acredito que possamos nos libertar facilmente desse estigma. Ainda que a nossa Constituição da República busque exaustivamente em seus objetivos coibir qualquer forma de preconceito, este, infelizmente, está intrínsico na condição humana.
    Alexsandra Bezerra.

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  5. Infelizmente hoje vivemos em uma sociedade onde somos julgados, pelo modo em que vestimos, pelo modo em que agimos, pela classe social que possuímos...hoje a sociedade julga as pessoas muito pela aparência, afinal sera que todos nos somos perfeitos?! Se Deus aceita todos nos com todos os defeitos que temos, porque a sociedade tem agir tão estupidamente assim. Que as "Susan's" exigente nas pessoas, possam se libertar e mostrar o talento que existe dentro delas!

    Boa Tarde a todos!

    Luiz Carlos Borges

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